quarta-feira, 6 de junho de 2007

TRILOGIA DO TERROR (Body Bags, 93, EUA)

Em 1993 os diretores John Carpenter e Tobe Hooper resolveram se divertirem em um filme feito para a tv, dividido em três segmentos, intitulado Trilogia de Terror (Body Bags).E para isso chamaram figurinhas carimbadas do gênero.

O filme começa com o nosso apresentador, interpretado pelo próprio diretor John Carpenter falando parta a câmera sobre a trivialidade da morte e apresentando os episódios. Sempre irônico em suas colocações, além de ficar bebendo formol feito um doido.

Na primeira história dirigida pelo próprio Carpenter, chamada: Posto de Gasolina (The Gas Station), vermos um posto de gasolina em alguma estrada dos EUA, totalmente deserta, nele chega a jovem estudante de psicologia Anne (Alex Datcher), onde vai passar a noite em seu novo emprego como atendente do posto, quando ela estaciona o carro ao lado de sua amiga, ela ouve no rádio a noticia de mais um ataque de um perigoso Serial Killer que vem atuando na área. Lá ela conhece Bill (Robert Carradine),um funcionário do posto que lhe passa as dicas to funcionamento do lugar.Depois da saída de Bill, ela começa a estudar, mas sempre preocupada com a situação de estar sozinha, com um assassino louco a solta. No decorrer da noite ela vai atendendo aos mais sinistros clientes que já viu na vida e é claro recebe um visita do assassino.

Carpenter cria um clima de suspense, muito bom, até a chegada do assassino, onde vira mais um clichê de tantos feitos no cinema e tv.

O diretor escala para trabalhar nesse segmentes alguns amigos, conhecidos do grande publico, entre eles estão o ator Robert Carradine que é irmão do David Carradine, David Naughton (que atuou no clássico, "Um Lobisomem Americano em Londres") como um dos clientes, Wes Craven, o pai do Freddy Krugger e Sam Raimi, o responsável pela clássica trilogia "A Morte do Demônio", interpretando o funcionário do mês.

Pausa para os comentários do diretor John Carpenter e a introdução do segundo episódio.

Novamente nas mãos de John Carperten é nos apresentado o segundo segmento onde conta à história intitulada: Cabelo (Hair), onde um homem de meia idade Richard Coberts, interpretado pelo machão Stacy Keach, está totalmente louco por estar ficando careca, mesmo que sua namorada novinha Megan, interpretada pela gostosa Sheena Easton, diz que não liga, ele tenta fazer todos os tipos de tratamentos para poder ter de volta o seu cabelo, chegando até pinta-lo para esconder c calvície, mas nada muda, chegando até um rompimento com sua namorada, desesperado Richard procura ajuda numa clínica de recuperação capilar que viu numa propaganda de televisão, onde é anunciado um novo e revolucionário processo para crescer os cabelos rapidamente. Ele é então atendido pelo Dr. Lock (David Warner) e sua enfermeira sexy (Deborah Harry), a vocalista do grupo de rock Blondie, que convencem-no a fazer o tal tratamento. Porém, apesar dos resultados bem sucedidos no começo, onde seu cabelo cresce de um dia para o outro e não para de crescer, mesmo ele tendo cortado o cabelo, Richard não imaginaria a trágica verdade por trás dos fatos.

É sem duvida nenhuma a melhor das histórias nessa trilogia, cheio humor negro que brinca com o temor dos homens em perderem o cabelo. A atuação do eterno machão é no mínimo bizarra, acostumado a eles sempre em papeis de machões, eu rachei o bico na cena onde ele descobre que seus cabelos tinham crescidos.

E de novo nos vermos Carpenter brincando com o final do filme e logo somos apresentados a terceira e última parte da trilogia.O segmento intitulado Olho (Eye).

Dirigido pelo diretor Tobe Hooper, criador do Massacre da Serra Elétrica, conta à história de Brent Matthews (Mark Hamill, o eterno Luke de Star Wars), que faz um jogador de baseball que sofre um acidente e perde a visão do olho direito. A única solução é um inovador transplante de órgão, onde seu olho é substituído por de um assassino. Não demora nada a ele começar a ter os efeitos colaterais, onde mostra que a personalidade do assassino esta transformando a sua. Esse é o pior dos três episódios, o que mostra que o diretor, outrora talentoso, continua em franca decadência. O episodio não tem um único susto satisfatório, e o roteiro é muito bobo, e a conclusão sem impacto, enfim uma chatice total.

Esse segmento tem a participação do lendário produtor e diretor Roger Corman, o eterno "Rei dos Filmes B" e o veterano John Agar (1921/2002), de inúmeros filmes bagaceiros dos anos 50 e 60.

Para terminar aparece novamente o diretor Carperter, com suas piadinhas macabras, além da aparição do ator Tom Arnold e do Próprio diretor Tobe Hooper como legistas.

O resultado dessa grande reunião de amigos foi no mínimo decepcionante, eles não estavam em seus melhores dias, mas no fundo o que me chamou a atenção foi o clima de gozação do filme, na figura do diretor John Carpenter em suas aparições entre os episódios.

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