terça-feira, 31 de julho de 2007

R.I.P. Michelangelo Antonioni & Michel Serrault


O diretor de cinema italiano Michelangelo Antonioni morreu na noite desta segunda-feira (30), aos 94 anos. Segundo a agência Ansa, ele estava na sua casa, em Roma, junto a sua mulher, Enrica Fico.
O corpo do diretor italiano será velado amanhã na Prefeitura de Roma. Depois, os restos mortais serão levados para a sua cidade natal, Ferrara, no norte da Itália.
“Com Antonioni desaparece não só um dos nossos maiores diretores, mas também um mestre do cinema moderno. Graças a ele chegaram à grande tela as problemáticas mais duras do mundo contemporâneo, como a falta de comunicação e a angústia”, comentou o prefeito de Roma, Walter Veltroni.
O primeiro grande sucesso de Antonioni foi L'avventura (1960). que foi seguido por La notte (1961) e L'eclisse (1962), que compreendem uma trilogia sobre o tema da alienação. Seu primeiro filme colorido Il deserto rosso (1964), também explora temas modernistas da alienação, e junto com os três filmes anteriores, forma uma tetralogia.
A atriz Monica Vitti apareceu nos quatro filmes da tetralogia, atuando em papéis de mulheres desconexas que lutam para se ajustar ao isolamento da modernidade. O seu primeiro filme em inglês, Blowup (1966), foi também um grande sucesso. Embora ele tenha enfrentado o difícil tema da impossibilidade da percepção objetiva das coisas, o filme teve boa recepção popular, parcialmente devido a sua sexualidade explícita pelos padrões da época, e também por causa da atriz Vanessa Redgrave. Zabriskie Point (1970), seu primeiro filme rodado nos Estados Unidos da América, teve menos sucesso, mesmo com a inclusão de uma trilha sonora composta de artistas populares como a banda Pink Floyd (que compôs músicas especialmente para o filme), Grateful Dead, e os Rolling Stones. The Passenger (1975), que foi estrelado por Jack Nicholson, também não obteve sucesso. Embora tenha continuado dirigindo, Antonioni jamais recuperou o grande apelo do seu trabalho anterior. Em 1995 ele foi premiado com um Oscar pelo conjunto da sua obra.
Ele se descrevia como um intelectual marxista, mas alguns autores colocam algumas dúvidas em relação a sua real adesão às ideias do Marxismo. Em contraste com os seus contemporâneos, incluindo os neo-realistas e também Federico Fellini, Ermanno Olmi e Pier Paolo Pasolini, cujas histórias geralmente tratavam da vida da classe trabalhadora e a rejeição e incompreensão da sociedade, os filmes mais notáveis de Antonioni mostravam a elite e a burguesia urbana. Porém, ao contrário do que alguns críticos dizem, os seus filmes descrevem os personagens ricos como pessoas vazias e sem alma, ao invés de romantizar esses personagens. La notte descreve a desintegração de um casal rico que não consegue conviver em harmonia; L'avventura descreve a história de uma mulher que se perde durante uma luxuosa viagem de iate, e do seu noivo e sua melhor amiga que mantêm uma relação sexual enquanto procuram por ela, mas são incapazes de se amar mutuamente; Blowup descreve o mundo superficial de um fotógrafo de moda dos anos 60, que no final do filme se mostra indiferente quando chamado a denunciar um possível crime.
De um modo similar, Zabriskie Point é interpretado como a uma crítica do capitalismo americano, e, por outro lado condescendente com os hippies, descrevendo de forma simpática o seu desejo de fuga. Os filmes de Antonioni também mostram a beleza das paisagens, como no deserto da Califórnia em Zabriskie Point, ou as ilhas rochosas em L'avventura, mas o objetivo não é apenas nos impressionar com a qualidade visual do seu trabalho, mas também descrever a arrogância das "almas perdidas" que em vão tentam impor a sua finitude sobre uma natureza inflexível e sublime. Novamente, apesar dos críticos, os filmes de Antonioni dissecam os ricos de forma cruel com uma reprovação de fundo marxista, mesmo enquanto a sua câmera mostra uma certa fascinação pelas belas coisas da classe rica.
O diretor Ingmar Bergman uma vez disse que admirava alguns dos filmes do Antonioni por serem desinteressados e algumas vezes visionários. Os seus filmes tendem a ter muito poucos planos e diálogos, e muito do tempo é gasto em longas e lentas sequências, como uma sequência contínua de dez minutos em The Passenger, ou muitas cenas em La notte que mostram uma mulher simplesmente vagando silenciosamente pela cidade a observar outras pessoas. Apesar dos seus filmes serem repletos de beleza visual, e de terem uma captação perfeita da alienação dos personagens, o estilo com pouco movimento, e de ritmo lento, entedia certas pessoas.



Michel Serrault, astro da comédia "A Gaiola das Loucas", de 1978, e um dos atores mais populares da França, morreu aos 79 anos, anunciou o governo francês na segunda-feira.

Sua atuação como Albin ajudou a fazer de "Gaiola das Loucas" um dos filmes franceses mais populares da história e lhe valeu um Cesar, o equivalente francês ao Oscar, em 1979.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, elogiou Serrault, dizendo que seu talento deixou sua marca sobre todos os franceses. "Ele foi um monumento no mundo do teatro popular, do cinema e da televisão", disse Sarkozy.

"A Gaiola das Loucas" é uma farsa, mas em mais de cem outros filmes Serrault representou vários papéis mais sérios nos quais exibiu um ar de ambiguidade que podia ser ao mesmo tempo cômico e sinistro.

Suas atuações no papel de tabelião acusado de violentar e assassinar uma garotinha em "Cidadão sob Custódia" ("Garde a vue") ou no de empresário aposentado que contrata a jovem Emmanuelle Beart para datilografar suas memórias em "Minha Secretária" ("Nelly et Monsieur Arnaud") lhe valeram prêmios Cesar.

Sua morte se soma a uma série de perdas sofridas recentemente pelo cinema francês, após o falecimento dos veteranos atores Philippe Noiret, no ano passado, e Jean-Pierre Cassel e Jean-Claude Brialy, no início deste ano.

Serrault vinha sofrendo de uma doença prolongada.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

R.I.P. Ingmar Bergman


A morte do cineasta Ingmar Bergman aos 89 anos abalou nesta segunda-feira a sociedade sueca e o mundo do cinema, que há cinco décadas reconhecia unanimemente o diretor como um de seus grandes mestres. Bergman, considerado um dos diretores mais influentes da segunda metade do século 20, morreu em casa da ilha de Faro, no Mar Báltico, cercado pela família


Sua filha Eva Bergman, encarregada de dar a notícia, disse à agência de notícias sueca "TT" que a morte do cineasta foi "pacífica e tranqüila", mas não explicou as causas. "Eu o visitei na semana passada e já percebi que ele nos estava deixando. Era um homem velho que morreu calma e docemente em sua cama, um velho coração que deixou de bater", afirmou o genro do diretor, o escritor sueco Henning Mankell.


A notícia da morte de Bergman provocou uma chuva de pêsames de personalidades da cultura e da política suecas, entre elas o primeiro-ministro do país, Fredrik Reinfeldt."A obra dele é imortal. Espero que sua herança seja cuidada e desenvolvida por muitos anos", disse Reinfeldt em comunicado.


O cineasta nasceu 14 de julho de 1918 em Upsala, localidade que fica 70 quilômetros ao norte de Estocolmo. Seu pai foi um pastor protestante do qual recebeu um estrita educação, que marcou sua vida e obra, caracterizada - salvo exceções - pela inclusão de conotações metafísicas e um universo de problemas humanos fundamentais, como a falta de comunicação do casal, a solidão, Deus e a morte.


Bergman cursou o ensino básico em Estocolmo, onde também se formou em Arte e Literatura.



Apaixonado pelo teatro, principalmente o clássico, já na universidade dirigiu uma companhia de estudantes.


Após o fim dos estudos, concentrou sua atividade na cena, como autor e diretor.Após ser ajudante de direção no Real Teatro da Ópera de Estocolmo, esteve à frente do Teatro Municipal de Helsinborg (1944-1946), de Goteborg (1946-1949), de Malmoe (1954-1963) e do Real Teatro Dramático de Estocolmo (1963-1966 e 1985-1995).


Em 1976, se mudou para Munique, na Alemanha, onde também desenvolveu seu talento criativo, e em 1985 voltou à Suécia como diretor do Real Teatro Dramático de Estocolmo.


Nesta etapa, fez montagens como "A Menina Julie" e "O sonho", ambos de Strindberg; "Hamlet", de Shakespeare; "Longa jornada noite adentro", de Eugene O'Neill; "Casa de Bonecas" e "Peer Gynt", ambos de Ibsen; e "Conto de Inverno", de Shakespeare.


No final de 1995, deixou o Teatro Dramático para ficar responsável pelos espaços cênicos da televisão pública sueca "STV", onde foram transmitidas obras do diretor.


No cinema, seu começo foi com roteiros que escreveu para projetos próprios e alheios, casos dos diretores Gustaf Molander, Alf Kjellin, Lars Erik Kjellgren e Alf Sjorberg.


Ingmar Bergman, um dos fundadores da Academia Européia de Cinema em 1988, estreou na direção com o longa-metragem "Crise" (1945), "Chove em nosso amor" (1946), "Um Barco para a Índia" (1947), "Música na Noite" (1947), "Porto" (1948), "Prisão" (1948), "Sede de Paixões" (1949), "Juventude" (1951), "Quando as Mulheres Esperam" (1952), "Mônica e o Desejo" (1952), "Noites de Circo" (1953), "Uma Lição de Amor" (1954), "Sonhos de Mulheres" (1955), "Sorrisos de uma Noite de Amor" (1955) e "O Sétimo Selo" (1956).


Bergman começava a ser conhecido internacionalmente como um autor complexo, atormentado e obscuro.


Também destacam-se em sua trajetória os filmes "Morangos Silvestres" (1957, prêmio de melhor direção do Festival de Cannes de 1958), "A Fonte da donzela" (1959, Oscar de melhor filme estrangeiro e Prêmio Fipresci de Cannes), "Através de um Espelho" (1961, Oscar de melhor filme estrangeiro e agraciado no Festival de Berlim), "O silêncio" (1963), "Vergonha" (1968), "Cenas de um casamento" (1973), "O Ovo da Serpente" (1977), "Sonata de Outono" (1978) e "Fanny e Alexander" (1983).


Após esta última, premiada com quatro Oscar (filme estrangeiro, fotografia, cenário e figurino), iniciou um ciclo de filmes para a TV, como "Depois do Ensaio" (1984), "Diário de uma Filmagem" (1986) ou "Na Presença de um Palhaço" (1997).Seus roteiros posteriores foram levados ao cinema por outros produtores. Foi o caso do dinamarquês Bille August, de seu filho Daniel Bergman e de sua atriz favorita e ex-companheira Liv Ullman.Sua última obra para televisão foi como roteirista de "Bergmanova Sonata", em 2005.


Em 2004, a televisão sueca "SVT" transmitiu um documentário de 180 minutos, a cargo da jornalista Marie Nyreroed, sobre a vida e obra de Bergman na ilha de Faro.


Em 18 de julho, Bergman fez um último relato público, de uma hora e meia, sobre sua vida pessoal e artística em um programa ao vivo da "Rádio Nacional da Suécia".


Entre outras homenagens, Bergman possui os Prêmios Erasmus (1965), Internacional de Teatro Luigi Pirandello (1971) e Goethe (1976), a Medalha de Ouro da Academia Sueca (1977), o título de comendador da Legião de Honra francesa (1985) e a Palma de Ouro por sua carreira do Festival de Cannes (1997).


É autor de suas memórias, intituladas "Lanterna Mágica" (1987), e dos livros "Imagens" (1990) e "Conversas privadas" (1996), entre outros.


Considerava a si mesmo como um homem de teatro, "é toda minha vida", enquanto o cinema era para o diretor "um trauma e uma paixão", segundo ele.


Com oito filhos, Bergman foi casado cinco vezes. A primeira com Elsie Fischer, com quem teve uma filha. Depois com Ellen Lundstrom, que lhe deu quatro filhos (entre eles uma atriz, Anna).


Sua terceira e quarta esposas foram, respectivamente, Gun Hagberg, com quem teve um filho, e a pianista finlandesa Kabi Laretei, mãe de seu filho Daniel, também diretor de cinema. Sua quinta esposa, Ingrid von Rosen, morreu em 1995.


À margem destes casamentos, Ingmar Bergman teve relacionamentos com as atrizes Harriet Andersson e Liv Ullman, com quem teve sua filha Linn, jornalista.






segunda-feira, 23 de julho de 2007

O EMBRULHADOR DE ALMAS (Soultangler,The,EUA,87)



“Nas secretas salas de seu laboratório, um cientista descobre uma droga que lhe permite desassociar a alma humana do corpo físico, e assim pode fazer com que esta se integre ao corpo da pessoa que desejar...”

Apesar de eu ser um fanático por filmes bagaceiros, existem filmes que são tão ruins que até eu sou capaz de torcer o nariz , e esse O Embrulhador de Almas é um deles.

O filme foi lançado no Brasil nos primórdios dos anos 90 pela distribuidora América Vídeo Filmes, que fazia um excelente trabalho ao lançar esses filmes bagaceiros no mercado de vídeo do Brasil, é um pena que hoje em dia esses filmes são muito difíceis de serem lançados.

Na frase de venda do filme, que é essa no começo da critica, me parecia um bom filme ruim, mas acabou sendo mesmo uma porcaria de filme ruim.

Então vamos lá para a história, o filme começa como se fosse uma alucinação do Dr. Anthony Lupesky, que diz a sua historia de como criou uma droga capaz de possibilitar a troca de almas e de como ele tentou aplicar em seus pacientes do sanatório White Wood e de como foi descoberto e expulso da instituição e levado a julgamento, onde acabou sendo inocentado, então o cientista decidiu refugiar em outro país para continuar suas experiências.Suas vítimas morriam ao serem expostas a uma única dose de sua droga, somente um conseguiu sobreviver a uma dose e morrera depois, o próprio cientista é usuário da droga, mesmo que não o chegue a mata-lo, provoca uma séries de alucinações.

Depois de um tempo no exílio em Luxemburgo, o Dr. Lupesky volta para a sua cidade a fim de continuar com os experimentos e auxiliado pela sua governanta, que nutre uma paixão pelo doutor, e seu irmão, eles decidem seqüestrar garotas saudáveis para o experimento do doutor. Deixando assim a polícia desnorteada. É aí que surge a nossa heroína, a repórter Kim Castle, que está trabalhando na matéria dos desaparecimentos ocorridos na cidade, auxiliado por um policial e sua amiga, ela vai cada mais fundo na sua matéria.

O seu trabalho acaba conduzindo-a ao Dr. Lupersky e ao Sanatório Wood, onde o seu pai estivera internado e morrera seis meses antes. Ela resolve entrevista o Dr. Lupesky, que tenta fazer uma experiência com ela colocando no café uma dose da droga.Sentindo os efeitos da droga, a repórter desmaia em seu carro e começa a ter um sonho, onde é perseguida por vários zumbis e inclusive pelo seu pai, transformado em zumbi, milagrosamente ela sobrevive ao efeito da droga. E tenta com todas as forças desmascarar o Dr. Lupesky, indo em seu esconderijo sozinha para conseguir provas contra o cientista, chegando lá ela é capturada pelo irmão da governanta que entrega ao Dr. para ser sua próxima vítima, ela descobre que o Dr. foi responsável pela morte de seu pai no sanatório, e o que deixou o cientista mais incrédulo foi à capacidade da repórter teve em sobreviver a primeira dose da droga, assim como o seu pai sobreviveu a primeira dose. Ela tenta escapar e descobre vários cadáveres em decomposição no laboratório do cientista, ao mesmo tempo a sua amiga e o policial chega para tentar salva-la.

Enquanto o policial vai ao encontro de Kim, sua amiga fica no carro, sozinha, ela é logo morta à martelada pelo irmão da governanta.

Eles conseguem encurralar o Dr., mas este demonstra o verdadeiro poder de sua droga, a de ocupar o corpo de outros através dos olhos, que são a entrada e saída da alma, o que bota a repórter e o policial, agora eles tem que parar o Doutor que fica pulando em corpo em copo, inclusive sua amiga já morta, trasformando-os em zumbis.

Bom esse é o filme, o que me deixa mais com raiva é a total falta de talento de todos os envolvidos nesse filme, em particular do diretor Pat Bishow, que só faria outro filme em 93 e conta com mais três filmes em seu currículo. O filme é totalmente amador, o roteiro tem diálogos ridículos, o filme é muito lento e burocrático, não há um susto sequer.

Os atores são péssimos, em particular o cara que faz o Dr. Lupesky, a montagem é ruim, a cada corte que vemos, é possível notar os atores parados, como esperando um sinal do diretor para continuar, a trilha sonora é esquisita o que acentua ainda mais a ruindade do filme.
Enfim, uma porcaria, que eu esperava ser um filme no mínimo regular, o filme acaba sendo uma chupação ruim de Re-Animator.

Coisas Ridículas do filme:

O bisturi que o Dr. Lupesky, usa para cortar os rostos das cobaias, que em momento algum o vermos abrindo o corte no rosto, mesmo saindo um monte de sangue.

Os cortes na montagem, onde aparecem os atores parados, para em seguida, começarem a “atuar”;

A amiga da repórter, que fica lendo um livro ao lado do telefone, não teria um lugar mais confortável para se ler um livro ao invés daquela cadeira;

A repórter vai investigar a casa do cientista de noite e portanto uma máquina fotográfica, onde passa a fotografar o carro usado nos seqüestros. Só que de noite e sem flash;

Todas as lutas no filme;

Os atores;

A direção;

O Roteiro e Etc,etc,etc...

terça-feira, 17 de julho de 2007

ONG BAK: O GUERREIRO SAGRADO (Ong Bak,Tailândia, 2003)


Nem só de filme de terror vive esse que vos fala, lendo uma critica do meu amigo, Bruno C. Martino, sobre esse filme, me despertou uma curiosidade incrível de assisti-lo, de posse do meu DVD pude ler na tagline do filme o seguinte:

Sem fios. Sem dublês. Sem efeitos digitais. Orra será????

O filme conta a história de um pequeno vilarejo tailandês, que mantém suas tradições apesar do avanço urbano que o cerca. Sua proteção contra a opressão da civilização é uma mítica estátua de Buda. Quando o vilarejo acorda com a cabeça da estátua (chamada de "Ong bak") roubada por gângsters, resta a Booting (Tony Jaa) ir à cidade. Hospedando-se na casa de um antigo habitante do vilarejo, agora um malandro da cidade grande, Booting entra no submundo das lutas ilegais de Kickboxing para recuperar Ong bak. Não demora, Booting, um habilidoso lutador de Muay Thai, vira a grande sensação em um torneio de lutas patrocinado pelo chefão que mandou roubar a cabeça da estátua.

É nesse fiapo de roteiro que vermos um dos mais fantásticos filmes-porrada vindo do outro lado do mundo.Tão fantástico que despertou a curiosidade do diretor francês Luc Besson, que simplesmente o adorou e comprou os seus direitos para lançar nos cinemas do mundo inteiro.

A mídia logo elegeu o ator Tony Jaa como novo Jackie Chan, acho que lhe falta carisma para tal posto. Mas o que interessa nesse filme são as lutas, e que lutas, reza a lenda que o diretor não usou de nenhum artifício... nem computação gráfica, nem fios, nem dublês ou quaisquer outros artificios de cinema. Ou seja, o negocio é pra valer.

Todas as lutas são super bem coreografadas e muito violentíssima, o ator Tony Jaa é fã confesso do outrora ídolo das Artes Marciais, Jackie Chan, nos montra toda a brutalidade e veracidade do esporte nas cenas de lutas.

Várias cenas vão ficar na sua retina, eu cito duas delas: a primeira é a luta de Tony com o lutador chamado “Cachorro Louco” e a perseguição dos táxis, que é sensacional. E também não poderia me esquecer que tem cenas engraçadas, como a do cutelo, quando o amigo do nosso herói se arma de um cutelo para se defender de vários homens de uma gangue, e nesse exato momento vai passando uma inocente vendedora com seu carrinho cheio de...Cutelos, eu rir um bocado nessa cena.

Depois da primeira hora o filme perde um pouco de ritmo, mas se recupera na luta final que é de tirar o fôlego.

Enfim, Ong Bak se torna um filme pra lá de divertido, lembrando os grandes filmes de ação e aventura da década de 80, além de ter ação pra dar e vender, tem o atrativo de ter sido filmado sem nenhum efeito, agora eu queria ver se isso é verdade, se eles não usaram nada, pena que o DVD não venha com nada, só um trailer e pronto, além que a versão lançada em nosso país é menor, 102 min., do que foi lançado em Hong Kong que é de 108 min.

Para a galera que esta cansada de filmes de Artes Marciais com simbolismo e voos ou caminhadas sobre a água, embarque nesse filme, sem medo de levar porrada.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

CROCODILO & CROCODILO 2

CROCODILO (Crocodile,EUA,2000)

O produtor Boaz Davidson é mui amigo do outrora mestre do terror Tobe Hooper, essa amizade vem há mais de 15 anos, desde que Hooper trabalhou para a Cannon Group dos primos Menahen e Yoran Globus, onde Boaz era produtor executivo e nas horas vagas diretor e roteirista, vendo o amigo em apuros, pois em conseqüência de fracasso atrás de fracasso, fora relegado as series de Tv. Boaz o contratou, agora todo poderoso dono da Nu Image, uma produtora de fitas “B”, cheio de estrelas decadentes,escreveu uma história só para Tobe,esse sentiu-se fisgado pela história, roteirizada por Jace Anderson, Adam Gierasch e Michael D. Weiss, ou seria por dinheiro???

Então vamos lá para a estória, se é que temos uma, os amigos Brady (Mark McLachlan) e o demente Duncan (Chris Solari) vão passar um fim de semana no Lago Sobek, uma região pantanosa no sul dos Estados Unidos. Acompanhados por Foster (Rhett Wilkins) e Hubs (Greg Wayne), além da gatinha Sunny (Sommer Knight), que teve um caso com Brady, para completar o quadro ainda temos, a namorada de Brady, Claire (Caitlin Martin) e o casal de quem eles alugam um barco, Kit (D.W. Reiser) e Annabelle (Julie Mintz), mais a cachorrinha princesa, talvez o único ator profissional do filme, hehehe.

Brady está preocupado com a presença do seu antigo caso, pois a sua namorada desde dos tempo de ginásio está presente. Antes de irem se divertirem, eles vão comprar cerveja e na saída dão de cara com o Xerife local, o ator Harrison Young, mais conhecido do grande público pelo filme O Resgate do Soldado Ryan, onde faz o próprio em sua velhice, alertando para os perigos da região entre outras coisas.

Eles rumam para o centro da região abordo do barco ou seria uma casa????, no decorrer do passeio,entre muita piadas e bebedeiras, a turma vai se divertindo. Até que o dono do barco conta uma terrível lenda local, onde um antigo crocodilo que havia sido criado por uma família, em um hotel sinistro, havia atacado os próprios donos.

Perto do local, aparecem dois caçadores de fim de semana, que acham os ovos de crocodilo, e resolvem jogá-los no rio. Isso atrai a fúria da criatura, que finalmente aparece e acaba com os dois.
Investigando o desaparecimento dos pescadores, o xerifão inicia uma busca para tentar matar o bicho, com a ajuda de um criador de jacarés da região, e que tem um elo de ligação com o crocodilo, que teria matado os seus antepassados há quase 100 anos.

No dia seguinte num passeio pelo local a turminha descobre o ninho totalmente destruído, com a exeção de um ovo e um deles resolve colocar um na sacola?

Não demora para o crocodilão, um bicho de mais de 12 metros de comprimento, começar a matar um a um, com o restante tentando fugir de todas as maneiras possíveis.

E é isso, a história escrita pelo picareta Boaz Davidson tenta misturar o gênero comédia adolescente, tipo “O Último Americano Virgem”, que foi escrita pelo próprio, nos tempos áureos da Cannon, com o suspense de “Tubarão”, ou seja uma mistura indigesta.

Essa produção, não passa de um filme “B”, que seria acessível se fosse dirigido por um outro obscuro diretor, e não por Tobe Hooper, que sinceramente não acerta a mão desde os anos 70. É incrível pensar que o mesmo diretor que nos entregou o horripilante O Massacre da Serra Elétrica seja o mesmo dessa bomba incomensurável.

E os efeitos especiais são uma história à parte, O crocodilo é feito em CGI e os produtores nem se preocupam em torná-lo realista. É um dos bichos mais falso do cinema dos últimos anos.Totalmente artificial, e isso me dar uma saudade da época que os efeitos eram apenas látex e sangue falso.

O diretor Hooper, já havia colocado um crocodilo matando gente em “O Hotel Do Horror” (1976).e resultou num filme muito melhor do esse.

E preparem para a cena mais bizarra do atual cinema de terror: depois de engoli uma de suas vítimas, o crocodilo não agüenta a má qualidade do alimento e vomita o coitado,é vocês leram direito, o bicho vomita a sua vítima. Mais absurdo do que isso não existe, só poderia sair da mente dessa lenda do cinema “RUIM”, o senhor Boaz Davidson.

Como eu já disse anteriormente, se fosse dirigido por um outro diretor seria um ótimo passatempo, agora quer queira quer não foi dirigido pelo outrora visceral Tobe Hooper, autor de nada mais, nada menos de O Massacre da Serra Elétrica. E isso é imperdoável.

Enquanto isso o nosso picareta-mor, Boaz Davidson, vai ficando mais rico, enquanto o cansado Hooper continua procurando algum projeto para se redmir.
CROCODILO 2(Crocodile 2: Death Swamp,2002,EUA)





E eu achando que o primeiro exemplar dirigido por Tobe Hooper era o fim da picada, é por que não tinha visto esse, em mais uma produção picareta do incansável Boaz Davidson o todo poderoso à frente da Nu Image nos presenteiam com mais uma porcaria capaz de deixar os filmes do Bruno Mattei como uma aula de cinema.

Como começa a falar disso: Bem vamos lá, logo na primeira cena vemos um assalto onde um grupo bem armado de criminosos invade um banco e provoca um massacre, muito mal dirigido que isso fique bem claro, nesse ínterim uma garota, que trabalha como aeromoça, esta marcando com seu namorado para se encontrarem em um hotel nas praias do México, logo depois do último vôo dela e adivinhe em que avião os bandidos que estão tentando fugir também para o México entram??? Acertou quem respondeu que é no mesmo avião que a mocinha trabalha.hehehe, que criatividade!

É aí que os passageiros sobreviventes percebem que aquele não é o seu dia de sorte, que além de aturar os bandidos eles tem uma supresa quando um crocodilo ataca um dos passageiros que estava dentro do rio, a fera é morta a tiros pelos bandidos, em cena tirada dos filme de Tarantino. Quando todos pensam que o susto passara, um outro crocodilo, ainda maior começa a persegui-los espalhando a morte e o terror entre os sobreviventes.Ficamos sabendo que o primeiro crocodilo era um filhote e sua mãe decidiu se vingar de todos, que genialidade!

No México, o namorado desesperado da mocinha arruma um caçador para encontra-la, esse mesmo caçador conta logo a lenda sobre um crocodilo que permeia a região, hahahaha, de novo que grande tirada do roteiro.O caçador para registro geral é interpretado por Martin Kove (de "Rambo 2 - A Missão", "Revanche Sangrenta" e da série cinematográfica "Karatê Kid").

O único rosto conhecido nessa porcaria.Então o roteiro é isso, todo os sobreviventes querendo fugir da ira insana do crocodilo, além é claro das mãos dos bandidos. Tem muita correria, muita babaquice, até uma cena inacreditável, onde o crocodilo derruba um helicóptero.NOSSA!!!!!

Agora vem cá. Como é que pode alguém em sua sã consciência pode gostar desse filme?? Ou de alguém colocar dinheiro numa coisa dessas?? Só mesmo o nosso querido picareta Boaz Davidson para nos presentear com essa porcaria. Que saudades do hoje falecido,Bruno Mattei.

O que importa nesse filme é como eles podem fazer um crocodilo mais fake do que o do primeiro, palmas para a equipe de (de)efeitos especiais. Eles estão de parabéns.Pois o bicho num assusta ninguém, onde é que vamos parar, como é que podem nossas distribuidoras lançar esse tipo de filme em nosso mercado, enquanto vários filmaços encontra-se inéditos no nosso mercado.

O filme é tão ruim que eu não decorei nenhum nome dos personagens, e lá na meia hora final, tive que voltar o filme umas três vezes, pois sempre acabava dormindo, para tentar termina-lo, que chatice!Esse filme deixa o primeiro parecendo um clássico do gênero.

Enfim você vai perde 1 hora e meia da sua vida, onde poderia curtir de outra maneira, tipo saindo com os amigos e enchendo a cara ou namorando uma gata daquelas.E depois não diga que não avisei!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

TRILOGIA POSSUÍDA

POSSUÍDA (Ginger Snaps,CAN/EUA,2000.)
Do Canadá veio essa pequena jóia que deu um sopro de vida para o surrado gênero “Filme de Lobisomem”. Pessimamente distribuído nas locadoras do Brasil, algo corriqueiro no nosso país, descobri esse filme visitando o excelente site Boca do Inferno, em um artigo muito bem detalhado, do meu amigo Felipe M. Guerra.

O filme começa com uma cena de um garotinho que brinca inocentemente em um cercado de areia, tendo ao fundo a sua mãe, para o terror da genitora, seu filho encontra uma pata de cachorro na areia, desesperada a mãe vai ver se tinha acontecido alguma coisa com o cachorro da família, só para ver que o cão está todo mutilado, o cãozinho foi a mais nova vítima de uma fera que vem atacando as Colinas Bailey, local onde moram as duas protagonistas da história: as irmãs Brigitte (a esquisita, porém interessante e talentosa Emily Perkins) e Ginger Fitzgerald (a linda e maravilhosa Katharine Isabelle).

Duas meninas na faixa dos 15 e 16 anos que como qualquer adolescente da face da terra tem os seus problemas em casa, devido à ausência do seu pai (John Bourgeois) e de sua mãe (a ex-senhora Mimi Rogers) e no colégio onde são consideradas “estranhas”. Elas estão apresentando para a classe um trabalho que o seu professor passou intitulado a vida nas Colinas Bailey, só que como as duas têm um fascínio com a morte, até fizeram um pacto aos oito anos de idade, fizeram um pacto de se suicidar antes de completarem dezesseis, o trabalho é uma colagem de cenas de mortes violentas protagonizados pelas duas, não é de se esperar a reação enojada do professor que a mandas a sala da diretoria.

Corta para a aula de educação física, onde as meninas esperam a vez para jogar hockey, destilando veneno na principal patricinha do colégio, Trina Sinclair (Danielle Hampton), porém a conversa é ouvida por uma amiga dessa e que conta o fato a Trina, que se vinga de Brigitte no jogo, derrubando-a em cima de mais um cachorro trucidado pela fera de Bailey. Com raiva Ginger tem um plano de roubar o cachorro de Tina, como vingança ao acontecido, à noite depois de mais um jantar sem perspectiva da família Fitzgerald, onde a mãe de Ginger descobre que ela ta sentido os sintomas da primeira menstruação, e tenta conversar com ela sobre a situação, sendo rechaçada pela garota, elas vão ao quintal de Trina para colocar o seu plano em ação, mesmo sem se importar sobre a fera que esta atacando a cidade, mas chegando lá encontra os restos do cachorro que fora trucidado, com medo elas notam que o corpo do animal ainda esta quente, é nesse exato momento que Ginger tem a sua primeira menstruação, o cheiro do sangue da menina atrai a fera que a ataca e arrasta-a para o bosque, Brigitte desesperada tenta correr para ajudar a irmã, mesmo ferida, Ginger consegue fugir da fera, mas é novamente atacada, sua irmã chega logo em seguida, mesmo amedrontada ela começa a bater na criatura com a máquina fotográfica que começa a disparar flash, e com isso as duas conseguem escapar e correm para a estrada. Ao chegarem a estrada elas atravessam, mas a fera continua atrás delas, mas acaba sendo pela van do traficante local Sam (Kris Lemche), que despedaça a criatura.

Mesmo muito ferida Ginger convence a irmã a leva-la para casa e não a um hospital, no momento em que chegam em casa, Brigitte nota que as feridas estão cicatrizando, e isso a deixa com bastante medo.

No outro dia, com os ferimentos praticamente curados, Ginger começa a sentir várias mudanças em seu corpo, primeiramente, pêlos começam a crescer pelo corpo da garota. Na visita para uma enfermeira ela é avisada que isso faz parte das mudanças da puberdade, depois ela sente um violento apetite sexual, fazendo que Ginger tenha que interessava por rapazes, em particular pelo idiota Jason McCardy (Jesse Moss), chegando a transar com ele. E Ginger continua mudando. Seu cabelo cresce, os caninos ficam salientes e até um rabo aparece entre as nádegas, até as orelhas ficam pontudas. A garota começa a gostar da transformação e, sem perceber, vai deixando o lobisomem que cresce dentro dela tomar o controle, tornando-se mais violenta e iniciando uma sucessão de mortes na escola e pela cidade. Enquanto isso, Brigitte, que foi deixada de lado pela irmã, se dedica obsessivamente a encontrar uma cura para ela. Ela vai falar com Sam, que além de plantar maconha também tem um alto conhecimento em botânica. Sam convence Brigitte a encarar a licantropia como se fosse uma doença, e recomenda que ela tente usar uma solução feita a partir de uma flor chamada acônito, que poderia deter a contaminação em Ginger.E Brigitte corre contra o relógio para tenta impedir que sua irmã se transforme em lobisomem.

"Possuída" é uma homenagem aos filmes de terror dos anos 80, e bota homenagem nisso, com um clima dos filmes feitos naquela época gloriosa.

A maior atração é o roteiro,escrito por uma mulher, que trata a transformação em lobisomem em uma metáfora sobre as mudanças que ocorrem na adolescência, além de ser um filme muito triste, em contar a forte amizade que une as duas irmãs, desde a tenra idade, com o amadurecer de Ginger que vai contra a vontade de sua irmã, quem nunca passou por esse momento na vida, seja menino ou menina, as mudanças no corpo às novas amizades e o despertar sexual e isso dá um nó na cabeça dos jovens, e outra abordagem favorável no roteiro é que o vírus da licantropia pode ser transmitido não só por mordidas ou arranhões, mas também sexualmente. Tipo o terror da AIDS e outras DST. É claro que temos momentos de puro terror e suspense, muito bem dosado pelo diretor, sem contar com a perfeita união das atrizes, que passam uma simbiose perfeita. O filme fez tanto sucesso que originou mais duas continuações que foram feitas ao mesmo tempo: a continuação Possuída 2: Força Incontrolável e um prelúdio Possuída 3: O Inicio.

Já é um clássico no gênero.Uma obra-prima da nova geração de terror, o que são poucos vindo do cinema ocidental,para ser visto e revisto sempre, seja pela a história, pelas atuações ou simplesmente pela Ginger,hehehe.
POSSUÍDA 2: FORÇA INCONTROLÁVEL (GINGER SNAPS: UNLEASHED, CAN, 2004)
Eu não posso começar essa critica sem entregar uma cena crucial do primeiro filme, Brigitte para tentar convencer a irmã que ainda a ama, corta sua mão e de sua irmã, quase completamente transformada em lobisomem, para fazer um pacto de sangue, contaminando-se com a maldição do Lobisomem.

Nessa segunda parte, vemos que Brigitte esta tentando conseguir uma cura para a maldição, já que a fórmula feita a partir de flores de acônito não a curou, apenas retarda a completa transformação em fera. Exigindo doses cada vez mais freqüentes e conseqüentemente transformando-a em viciada.

Pesquisando em bibliotecas a cura para a maldição, acaba deixando para trás o seu cartão de identificação que serve para que um jovem bibliotecário que simpatizou com ela vá até a o local onde ela mora para lhe entregar o cartão, no momento em que bate na porta a vê completamente dopada e tentando ajuda-la, a coloca no carro, mas ele é morto por um lobisomem, que a vem seguindo, seria o menino infectado por Ginger no primeiro filme???, Ela tenta fugir, mas desmaia e acorda numa clínica para drogados, chamada Tempos Felizes, local onde existem garotas com passado em drogas.

Tratada como dependente em drogas. Graças às marcas de agulha nos seus braços, a garota é trancafiada e proibida de tomar a fórmula que a impede de virar lobisomem. Agora, completamente desesperada pela privação da fórmula, é só uma questão de tempo para que qualquer sinal de humanidade na garota desapareça e ela se transforme em uma criatura monstruosa como fora a sua irmã.

Além das garotas em tratamento, Brigitte conhece uma menina, apelidada "Ghost" (Tatiana Maslany), a diretora da clínica, Alice (Janet Kidder), uma ex-drogada que se espanta ao saber que a fórmula que Brigitte se injeta não é um narcótico, mas sim um veneno. E o enfermeiro Tyler (Eric Johnson), que fornece drogas às internas em troca de favores sexuais.

É claro que logo o lobisomem que persegue Brigitte começa a rondar a clinica e a garota, já fragilizada por estar há muito tempo sem tomar sua dose diária de Wolfsbane, vai lentamente apresentando os mesmos sintomas de transformação da sua irmã, e sendo visitada pelo fantasmas de Ginger, alertando que o momento de sua transformação esta chegando, então ela resolve fugir da clínica, com a ajuda de "Ghost", antes que possa machucar alguém.

“Ghost” a leva para sua casa, uma fazenda no meio do nada, para elas poderem se defender do lobisomem.

O primeiro filme mostrava a transformação em lobisomem como metáfora para o inicio da puberdade feminina, a abordagem desse foi completamente diferente, o roteiro tratou de colocar a atriz que interpreta a personagem Brigitte, Emily Perkins, com se fosse uma viciada em drogas, devido à fórmula que injeta em seu corpo para tentar parar com a transformação, chegando a se auto-mutilar para esconder sua condição.

Emily Perkins dá um show de interpretação mostrando toda a fragilidade e loucura, provocada pela sua situação iminente de transformação em fera. E temos também a supresa que é a atriz Tatiana Maslany, no papel da menina esperta “Ghost”.

O filme é cheio de supresa e até nos mostra um personagem que pode ser mais perigoso do que o próprio lobisomem, enfim uma continuação que não envergonha o original, além de ter peito em mostrar um final completamente amargo.Vale salientar que esse segundo capitulo foi rodado junto com o terceiro, que conta à história de como começou a maldição das irmãs Fitzgerald.

Um filmaço, onde deve estar comendo poeira, nas locadoras brasileiras.

Agora se o seu lance é ver pela milésima vez, assassino mascarado matando adolescentes gostosas, ou refilmagens, corra desse filme, que é muito para você.
POSSUÍDA 3: O INÍCIO (Ginger Snaps Back: The Beginning, Canadá,2004)


Toda história tem o seu ínicio...

O filme começa com uma rápida descrição sobre a Northern Legion Trading Company, uma liga de comércio, que usa como ponto de troca de mercadorias um local chamado, Forte Bailley, que futuramente se chamara de "Colinas Bailley".

Os homens desse lugar esperam há dois meses, por uma expedição que atravessou a floresta para trazerem suplementos para o forte, que está localizado em uma região desolada e distante da civilização.

Logo, vemos um cavalo cruzando a neve com duas ocupantes, as irmãs Ginger e Brigitte Fitzgerald, novamente interpretadas por Katharine Isabelle e Emily Perkins.

Cavalgando sozinhas, elas procuram por um povoado vindas não se sabe de onde, após ficarem orfãs no naufrágio de um navio conduzido pelo pai. As irmãs chega a um acampamento indígena devastado, encontrando uma velha índia vidente que deixa uma mensagem para Ginger: "Mate o menino, ou uma irmã matará a outra". Então, o cavalo das irmãs é assustado por alguma coisa na floresta e sai em disparada. Na perseguição do animal, Brigitte pisa em uma armadilha para animais, que prende seu pé. Surge então um caçador índio, chamado Hunter (Nathaniel Arcand), para ajudar as duas irmãs.

Hunter conduz Ginger e Brigitte até o Forte Bailley, onde seus habitantes parecem estar tentando se defender de algo muito perigoso que vem da floresta.

No forte vivem alguns soldados, liderados pelo comandante Wallace Rowlands (Tom McCamus), que perdeu a esposa e o filho Geoffrey recentemente. Existem também caçadores e comerciantes de peles, como Seamus (Adrien Dorval) e Claude (David La Haye); um padre fanático religioso, o reverendo Gilbert (Hugh Dillon), entre outras pessoas. O clima está pesado no local, porque os moradores do forte, além de se defenderem dos ataques de criaturas vindas da floresta, ainda estão presos no local sem provisões, esperando inutilmente pela expedição que não chega.

Eles, claro, olham Ginger e Brigitte com suspeitas, ainda mais pelo fato de uma das garotas estar ferida.

Certa noite, Ginger escuta gemidos e sai sozinha pelos corredores escuros do forte. Ela então descobre, que Rowlands mantém seu filho Geoffrey ainda vivo e trancafiado em uma salinha. Como ele foi mordido por um lobisomem, o garoto esta lentamente se transformando, e, neste momento, ele morde Ginger, que é então contaminada com a maldição. À medida que também vai lentamente se transformando em fera, Ginger percebe a lógica nas palavras da índia no início do filme, percebendo que deve matar Geoffrey para quebrar a maldição e parar a transformação antes que seja tarde. Porém, os homens do forte desconfiam que a moça está contaminada e dificultam sua missão. Somente o índio Hunter parece interessado em ajudar as irmãs a vencerem a maldição.

E a situação se complica ainda mais, com os seguidos ataques dos lobisomens ao forte.

Esse prequel foi filmado junto com a segunda parte e resultou na mais fraca história da trilogia, mas a palavra fraca tem um significado dúbio, o filme não consegue manter a alta qualidade dos dois primeiros filmes, mas é inegavelmente melhor do que qualquer filme de terror idiota que tem por aí.

Com uma excelente ambientação e com um roteiro mais simples, comparando com os outros dois filmes, o filme joga as personagens Ginger e Brigitte, interpretadas pela talentosa dupla de atrizes: Katharine Isabelle e Emily Perkins, em um mundo só de homens, ao contrário dos dois primeiros filmes, onde o mundo era tipicamente feminino.

Apesar de ter um diretor com mão pesada (o iniciante Grant Harvey) na cadeira, o filme conta com boas cenas de ação e violencia, uma cena vai ficar gravado na memória: é onde Ginger, já transformada em lobisomem, guia seus novos companheiros ao ataque final ao forte.

E o final do filme, nos mostra de maneira triste e melancólica o amor que as duas tem uma pela outra, já que a maldição nunca vai ser quebrada.