Mais um que se vai...
Penn começou a carreira na televisão, onde se estabeleceu como diretor de dramas de qualidade, até estrear na direção cinematográfica em 1958 com Um de Nós Morrerá (The Left Handed Gun), a história do pistoleiro Billy the Kid, com Paul Newman, mostrando o lado psicológico personagem do jovem fora-da-lei como ainda não havia sido mostrado no cinema.
Seu próximo filme quatro anos mais tarde lhe trouxe o reconhecimento de Hollywood, com a transposição para as telas da história da luta de Anne Sullivan para ensinar a cega e surda Helen Keller a se comunicar com o mundo exterior em O Milagre de Anne Sullivan, que deu a Anne Bancroft o Oscar de melhor atriz e a Patty Duke o de melhor atriz coadjuvante, num brilhante trabalho de direção de atores de Penn.
Em 1965 Penn faria sua primeira parceria com Warren Beatty em Mickey One, filme dirigido sob a influência da Nouvelle Vague francesa que Penn admirava, com a história de um humorista de shows de boites perseguido pela máfia. Filme esteticamente ambicioso, sinistro e de montagem inovadora, dividiu público e crítica e sua atmosfera de paranóia inspiraria diversos filmes dos anos 70 entre eles The Parallax View, com o próprio Beatty.
Seu próximo filme, Caçada Humana (The Chase), apesar de não ter grande sucesso de bilheteria foi recheado de astros como Marlon Brando e Jane Fonda e lançou Robert Redford no cinema. Seguindo a estética e o interesse de Penn pelos tempos conturbados em que vivam os EUA, o filme faz um estudo profundo e cínico sobre a corrupção, o racismo e a violência endêmica do país, retratado numa pequena cidade sulista, com a volta à casa de um condenado fugitivo. Sua cena mais notável, o espancamento quase até a morte do xerife interpretado por um Marlon Brando sangrando por todos os lados, seria uma prévia do realismo que seria instituído no filme seguinte.
Em 1967, novamente reunido a Warren Beatty, Penn faria sua obra-prima, Bonnie and Clyde, a obra que o consagrou e confirmou Penn como um artista antenado com a desesperança e o desencantamento com o mundo da jovem geração dos anos 60. Apesar de ambientado na época da Grande Depressão, o filme tinha o verdadeiro espírito da contracultura e se tornou um fenômeno mundial. Devido a ele e a sua influência nos jovens cineastas americanos, na década seguinte o cinema produziu diversos thrillers na linha do "amor criminoso em fuga", o mais notável sendo Badlands, que em 1973 lançou ao estrelato Martin Sheen e Sissy Spacek.
Depois de O Pequeno Grande Homem (Little Big Man), grande sucesso com Dustin Hoffman em 1970.
Em 1976 ele dirigiu Marlon Brando e Jack Nicholson num western notado pelo cinismo e humor de seus personagens, The Missouri Breaks, mostrando a relação entre um notório ladrão de cavalos e um excêntrico caçador de recompensas irlandês que o persegue no oeste americano.
Nos anos 80, com os tempos de contestação pela Guerra do Vietnam e pela mudança de costumes ficando para trás na sociedade americana, Penn perdeu seu 'momentum' como criador cinematográfico e seus filmes nesta década já não tiveram o mesmo brilho inovador de antes. Na década de 90 ele voltou novamente sua atenção para o veículo em que começou a carreira, a televisão, e desde então vem atuando como produtor de diversas séries e programas de tv, atualmente sendo responsável pela produção executiva do seriado Law & Order, que já há algumas temporadas faz sucesso em todo o mundo.
Fonte: g1.globo.com
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Wikipédia
O MEU TOP 5
Bonnie e Clyde - Uma Rajadas de Balas (Bonnie and Clyde,1967)
Duelo de Gigantes ( The Missouri Breaks, 1976)
O Pequeno Grande Homem (Little Big Man,1970)
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